HA-LAPID 7 =========================================== invólucro do espírito e intermediário entre este e a matéria. c) Ruah, igualmente termo hebraico, que corresponde ao espí- rito ou substância inteligente. d) Nesha- mah, termo ainda hebraico designativo do espírito puro ou essência luminosa. Para tornar mais clara a destrinça, seja-me permitida a seguinte comparação, mui grosseira embora: O corpo é lôdo. Nephesh é água de nascentes (contém já sais dissolvidos). Ruah é água das chuvas (já mais pura que a anterior porque nâo contém sais dissol- vidos. Note-se que faço abstração dos mi- cróbios, poeiras, etc.. que na sua queda arraste). Finalmente Neshamaha será água quimicamente pura, isto é. H2O autêntica. ......................................... O que deixo dito, e que, em parte pa- rece ser demonstrado experimentalmente pelos psiquistas, indicar-nos-ía quando bem compreendido, bem interpretado e devidamente aplicado, o caminho mais curto para uma brilhante civilização e para uma felicidade universal e eterna. --------------------- Rabbi Dr. Henrique Pereira Mendes No dia 10 de Abril completou este Rabbi 85 anos de idade, que é um historiador dis- tinto e o decano da Comunidade israelita portuguesa de Nova-York. Neste dia o venerando Rabbí pronunciou um notável sermão na Sinagoga Shearith Israel de Nova-York, catedral judaica do rito portu- guês na grande capital Americana. O Rabbí Pereira Mendes foi guia espiritual da Co- munidade Judaica portuguesa durante 60 anos, da qual é hoje Rabbi Emerito (apo- sentado). Esta congregação israelita por- tuguesa foi fundada em 1655 e é a mais antiga das Cumunidades judaicas do Norte América, dirigida hoje espiritualmente pelo nosso bom amigo Rabbí Dr. David de Sola Pool, Rabbi-mor dos judeus do rito portu- ãluês dos Estados Unidos da América do Norte. ------------------------------------------ Visado pela Comissão de Censura O TALMUD Continuação do N.° 75 II-A MISHNAH A compilação dos ensinamentos respei- tantes à Torah judaica constitue uma outra parte do Talmud que se designa com o nome de Michnah. Êste termo deriva duma raiz chana "repetir", e refere-se ao ensino oral transmitido por meio de repetições. E precisamente o contrário de mikra "o texto (da Escritura) para ler". Deve-se a Juda, filho dum famoso doutor, Simeon b. Gamaliel II, essa grande obra. Está escrita num hebreu indígena da época, que se destaca do hebreu biblico pela observação menos restrita das regras gramaticais, possuindo ainda infiltrados muitos vocábulos gregos e latinos. Dis- tingue-se sôbre tudo pela rara elegância das expressões. A-fim-de não alongarmos demasiado éste estudo diremos apenas que a Michnah está dividida em seis partes os sedarim (ordenações), compreendendo cada uma delas um certo número de Massichtot (tratados), no total sessenta e três. Cada tratado divide-se em capitulos subdividi- dos por sua vez em parágrafos. Aos eruditos curiosos que melhor de- sejem conhecer êste assunto recomenda- mos a leitura de "Le Talmud" por A. Cohen (exposição sintética do Talmud e dos en- sinamentos dos Rabbis sôbre a Etica, a Religião. os Costumes e a Jurisprudência). Edição da casa Payot, Paris. Tradução e adaptação de: Norberto A. Morêno ------------------ Terra de Israel -Segundo informes oficiais, a popula- ção total da Palestina elevava-se no fim de 1936, a 1.300.000 habitantes, sendo 384.055 judeus, 796.175 moçulmanos, 108.513 cris- tãos e 11.257 de outras confissões. Neste número não estão compreendidas as fôrças militares e os nomadas. - O governo militar da Palestina resol- veu criar unidades militares separadas de judeus e árabes comandadas por oficiais britânicos.
N.º 079, Yiar 5697 (Abr 1937)
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