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N.º 101, Tishri-Heshvan 5701 (Set-Out 1940)







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N.° 101                      PORTO - Luas de Setembro e Outubro - 5701 (1940 e.v.)                     ANO XV
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Tudo se ilumina                     _______  ___  _______ |=|____  _______                     ...alumia-vos,
para aquele que                    |____   ||_  ||  ___  ||____  ||_____  |                   e aponta-vos  o 
busca a luz.                            | |   |_| \_\  | |    / /   _   | |                   caminho.
                                        | |       _____| |   / /   | |  | |
       BEN-ROSH                         |_|      |_______|  /_/    |_|  |_|                          BEN-ROSH

                                                  (HA-LAPID)
                                                   O  FACHO

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DIRECTOR E EDITOR: -A. C. DE BARROS BASTO (BEN-ROSH)   ||   COMPOSTO E IMPRESSO NA IMPRENSA MODERNA, L.DA
      Redacção na Sinagoga Kadoorie Mekor Haim         ||                 Rua da Fábrica, 80
           Rua Guerra Junqueiro, 340 - Porto           || ------------------- P O R T O -------------------
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        HA-TIKVAH

      (A ESPERANÇA)

  HINO NACIONAL JUDAICO

(Tradução do extinto Prof. JOSEPH BENOLIEL do antigo curso superior de letras de Lisboa)

Ainda se não extinguiu a nossa esperança, 
A nossa esperança secular, 
De regressarmos à terra dos nossos pais, 
À cidade onde David estabeleceu os seus arraiais.

            I

Emquanto no âmago do coração 
A alma judaica continuar a gemer, 
E para as bandas do Oriente
Os olhos se dirigirem em demanda de Sião.  

Ainda se não, etc.

           II

Emquanto as lágrimas dos nossos olhos
jorrarem como chuvas abundantes,
E que miriades dos _filhos do nosso povo
Conlinuarem a ir visitar os túmulos dos nossos Pa- 
triarcas.

Ainda se não, etc.

           III

Emquanto o muro do nosso Templo adorado
Brilhar à nossa vista, 
E sôbre as ruínas do nosso santuário 
Ainda houver olhos que derramem pranto.

Ainda se não, etc.

           IV

Emquanto as águas do Jordão impetuosamente
Correrem a transbordar 
E no mar de Kinerett com estrépito 
E estrondosamente se engolfar.

Ainda se não, etc.



          V

Emquanto as estradas estiverem desertas
E a desolação reinar nas campinas.
E entre as minas de Jerusalém
Continuar lacrimosa a filha de Sião.

Ainda se não, etc.

          VI

Emguanto de lágrimas cristalinas
Se banharem os olhos da minha pátria,
E para gemer e planger
Se levantar à meia-noite.

Ainda se não, etc.

          VII

Emquanto o san e em nossas veias
Gota a gota ainda correr 
E sôbre os túmulos dos nossos pais
Se converter em gotas de orvalho.

Ainda se não, ele.

          VIII

Emquanto o sentimento patriático 
No coração judaico palpitar 
Ainda poderemos esperar que em breve 
Se compadeça de nós o Deus a quem irritamos.

Ainda se não, etc.

           IX

Ouvi, irmãos que errantes andais por essas terras
As palavras de um dos nossos profetas
Emquanto houver um Judeu no mundo.
A nossa esperança subsistirá.

Ainda se não, etc.


 
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