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N.º 121, Shevat-Adar 5704 (Jan-Fev 1944)







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 4              HA-LAPID
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sua casa. acabrunhado pela tristeza e pela
vergonha.

7-Queda de Aman.-Aman entreti-
nha-se ainda com sua mulher e seus amigos
da sua triste desventura, quando os mensa-
geiros do rei vieram buscá-lo para o con-
duzirem ao festim da rainha. Á mesa, o
rei renovou a sua pregunta:

-Diz o que desejas. Ester: ainda, que
seja a metade do meu reino, eu te con-
cederei!

Ester respondeu:

-Se eu encontrei graça perante ti, ó
Rei, concede-nos a vida a mim e ao meu
povo. Porque nós fomos votados ao mas-
sacre e à ruina. Se tivéssemos sido vendi-
dos como escravos, eu ter-me-ia calado;
mas o nosso inimigo não teve mesmo
sequer dúvidas sobre o prejuizo causado
ao rei!

-Quem pois teve a audácia de agir
dessa maneira? Diz o rei.

-Foi este homem, respondeu Ester, éste
homem cruel e encarniçado, êste malvado
Aman que aqui está!

Aman ficou aterrado. O Rei, na sua
ira, levantou-se do festim para se dirigir
para o parque do palácio, enquanto Aman
se levantou para pedir a graça da vida à
rainha Ester, porque êle viu que a sua
perda estava resolvida pelo rei. Como o
rei voltava do parque para a sala do festim.
Harbone, um dos seus servidores, lhe disse:

-Muito perto da casa de Aman se
ergue uma forca da altura de cinqüenta
covados que êle mandou levantar para ali
enforcar Mardoqueu.

-Que lá o enforquem! gritou o rei.

Euforcaram Aman na fôrca que êle tinha
preparado para Mardoqueu. e a ira do rei
se acalmou.

8 - Elevação de Mardoqueu; festa de
Purim. - Ester, tendo revelado em seguida
o seu parentesco com Mardoqueu, o rei
nomeou êste seu primeiro ministro em
lugar de Aman. Mardoqueu expediu para
todas as províncias novos éditos, marcados
com o sêlo real, para anular o feito por
Aman. Assim o 13 de Adar, destinado por
Aman a ser dia da exterminação dos judeus
tornou-se para êstes um dia de satisfação e
alegria. Em Susan, assim como em todas
as cidades e aldeias do reino os judeus



fizeram festins. enviaram mutuamente pre-
sentes e espalharam esmolas pelos pobres.

Mardoqueu registou todos êstes aconte-
cimentos num livro e enviou cópias aos
judeus até às províncias mais longinquas.

Êle determinou que os judeus celebra-
riam para sempre a recordação déste livra-
mento miraculoso e em sinal de reconheci-
mento o 14 dêste mês como festa chamada
Purim, por causa do sorteio Pur (palavra
persa designando uma espécie de dados
que lançavam para interrogar a sorte) que
Aman tinha consultado.

Os judeus aceitaram, por êles e por
seus descendentes, comemorar anualmente
este dia; assim a recordação não se apagará
nunca do meio dos judeus.

Quanto a Mardoqueu, foi muito consi-
derado na sua alta dignidade. Êle cami-
nhava no segundo lugar, depois do rei.
Êle era também muito amado por todos os
judeus, seus irmãos, dos quais éle queria
sinceramente a felicidade.



            VIDA COMUNAL

                PÔRTO

Festa de Hanukah-Celebrou-se esta
festividade em honra da gloriosa acção dos
Macabeus. Tomaram parte nos ofícios os
Srs. Barros Basto, Menasseh Bendob e Sa-
muel Rodrigues.

Ano Novo das Árvores-Também foi
solenemente comemorada esta data e quinto
aniversário da Dedicação da Sinagoga Ka-
doorie Mekor Haím.

Festa de Purím- Conforme a tradição
a festa de Purim ou a rainha Esther foi
celebrada na nossa Sinagoga, catedral ju-
daica do Norte de Portugal. Nos ofícios
tomaram parte activa os Srs. S. Finkelstein,
Samuel Rodrigues e S. Wormser, sendo
éste último que fêz a leitura solene da
Meguilah.


 
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