4 HA-LAPID ========================================== sua casa. acabrunhado pela tristeza e pela vergonha. 7-Queda de Aman.-Aman entreti- nha-se ainda com sua mulher e seus amigos da sua triste desventura, quando os mensa- geiros do rei vieram buscá-lo para o con- duzirem ao festim da rainha. Á mesa, o rei renovou a sua pregunta: -Diz o que desejas. Ester: ainda, que seja a metade do meu reino, eu te con- cederei! Ester respondeu: -Se eu encontrei graça perante ti, ó Rei, concede-nos a vida a mim e ao meu povo. Porque nós fomos votados ao mas- sacre e à ruina. Se tivéssemos sido vendi- dos como escravos, eu ter-me-ia calado; mas o nosso inimigo não teve mesmo sequer dúvidas sobre o prejuizo causado ao rei! -Quem pois teve a audácia de agir dessa maneira? Diz o rei. -Foi este homem, respondeu Ester, éste homem cruel e encarniçado, êste malvado Aman que aqui está! Aman ficou aterrado. O Rei, na sua ira, levantou-se do festim para se dirigir para o parque do palácio, enquanto Aman se levantou para pedir a graça da vida à rainha Ester, porque êle viu que a sua perda estava resolvida pelo rei. Como o rei voltava do parque para a sala do festim. Harbone, um dos seus servidores, lhe disse: -Muito perto da casa de Aman se ergue uma forca da altura de cinqüenta covados que êle mandou levantar para ali enforcar Mardoqueu. -Que lá o enforquem! gritou o rei. Euforcaram Aman na fôrca que êle tinha preparado para Mardoqueu. e a ira do rei se acalmou. 8 - Elevação de Mardoqueu; festa de Purim. - Ester, tendo revelado em seguida o seu parentesco com Mardoqueu, o rei nomeou êste seu primeiro ministro em lugar de Aman. Mardoqueu expediu para todas as províncias novos éditos, marcados com o sêlo real, para anular o feito por Aman. Assim o 13 de Adar, destinado por Aman a ser dia da exterminação dos judeus tornou-se para êstes um dia de satisfação e alegria. Em Susan, assim como em todas as cidades e aldeias do reino os judeus fizeram festins. enviaram mutuamente pre- sentes e espalharam esmolas pelos pobres. Mardoqueu registou todos êstes aconte- cimentos num livro e enviou cópias aos judeus até às províncias mais longinquas. Êle determinou que os judeus celebra- riam para sempre a recordação déste livra- mento miraculoso e em sinal de reconheci- mento o 14 dêste mês como festa chamada Purim, por causa do sorteio Pur (palavra persa designando uma espécie de dados que lançavam para interrogar a sorte) que Aman tinha consultado. Os judeus aceitaram, por êles e por seus descendentes, comemorar anualmente este dia; assim a recordação não se apagará nunca do meio dos judeus. Quanto a Mardoqueu, foi muito consi- derado na sua alta dignidade. Êle cami- nhava no segundo lugar, depois do rei. Êle era também muito amado por todos os judeus, seus irmãos, dos quais éle queria sinceramente a felicidade. VIDA COMUNAL PÔRTO Festa de Hanukah-Celebrou-se esta festividade em honra da gloriosa acção dos Macabeus. Tomaram parte nos ofícios os Srs. Barros Basto, Menasseh Bendob e Sa- muel Rodrigues. Ano Novo das Árvores-Também foi solenemente comemorada esta data e quinto aniversário da Dedicação da Sinagoga Ka- doorie Mekor Haím. Festa de Purím- Conforme a tradição a festa de Purim ou a rainha Esther foi celebrada na nossa Sinagoga, catedral ju- daica do Norte de Portugal. Nos ofícios tomaram parte activa os Srs. S. Finkelstein, Samuel Rodrigues e S. Wormser, sendo éste último que fêz a leitura solene da Meguilah.
N.º 121, Shevat-Adar 5704 (Jan-Fev 1944)
> P04