6 HA-LAPID ============================================ deve sujeitar-se a uma prova de nata- çao. Os exames desenrolam-se à saída dum curso pratico de três semanas num acampa- mento à borda do mar, entre Haifa e Tel- -Aviv, situado sôbre a praia da antiga Césarée. É aqui que os futuros navega- dores passam as suas férias grandes traba- lhando duramente sob a direcção dos seus instrutores. A metade da jornada e con- sagrada a estudos teóricos e a outra metade para a prática de diversas artes e ciências náuticas, desde o manejo da agulha de marear e da bússola. até ao aparelha- mento dum navio. Os aprendizes marítimos devem aprender a manejar um barco à vela, devem saber fazer-se ao mar e aportar, conhecer os sinais internacionais, ter conhe- cimentos de meteorologia. etc.. Os exames seguem éste periodo de treino intenso. A distribuição dos diplomas faz-se por ocasião duma cerimónia solene, segundo todos os ritos marítimos. O serviço Qual será a futura profissão dêstes jovens? Em tempo de paz, poderiam exercer a sua actividade nas diversas indústrias marítimas judaicas, trabalhar como pescadores sôbre barcos de pesca judeus, como mecânicos ou engenheiros de navios. Presentemente, em tempo de guerra, a maior parte dêles alis- tam-se imediatamente. O serviço na Mari- nha Real é acessível aos Palestinenses e, desde o comêço da guerra. 1.000 dêles estão alistados, dos quais a maior parte são membros das organizações marítimas judai- cas. Desde então há 300 Judeus palesti- nenses na marinha mercante, outros 650 fazem parte de unidades de desembarque e dos quais 300 foram feitos prisioneiros durante a batalha da Grécia. Há também aproximadamente 1.100 pes- soas civis ocupadas em diversas actividades marítimas. Hoje, o judaismo palestinense pode-se orgulhar de cêrca de 20 oficiais navais de diversas patentes e de 6 ou 8 capi- tães de barcos mercantes. A idade média dos voluntários é de 21 anos aproximada- mente. Estes jovens tiveram por certo no princípio da sua nova vida sôbre o mar muitas dificuldades a vencer, mas adapta- ram-se ràpidamente e completamente às suas novas condições. Os judeus tornam-se marinheiros... A coisa importante no caso, não é o seu número, mas o facto que pela primeira vez na história judaica, desde dois mil anos que os judeus deixaram a Palestina e começaram a sua vida errante através do mundo, torna- ram a ser para o mar tanto como filhos dum povo livre. Os sports náuticos igualmente tomaram um lugar cada vez mais importante na vida da comunidade judaica. Na ribeira Yarkon, no arrabalde de Tel-Aviv, onde todas as três organizações marítimas têm o seu clube e os seus hangares, os clubes de remadores reencontram-se em regulares competições. Êste mesmo desporto está muito desenvol- vido também em Haifa. A vela é igual- mente muito praticada. Lentamente, como tôda a actividade rara e nova, a idéia do trabalho marítimo ganha raises nos corações dos Judeus da Palestina. A escola marítima de Haifa fornece uma grande contribuição para éste movimento de "regresso ao mar" insinuando aos rapa- zes os conhecimentos necessários para os tornar aptos às diversas actividades mari- timas. ... e pescadores A juventude judaica na Palestina reco- nheceu que só a navegação é insuficiente para as necessidades económicas do país. Compreenderam que o mar deve tornar-se uma fonte constante de rendimentos para numerosas pessoas e foi assim que colónias de pescadores se estabeleceram ao longo de tôda a costa palestinense. Em 1936, a pri- meira destas colónias, a aldeia de “Sdot Yam- foi fundada à beira-mar por o "Noar Haoved" a organização trabalhadora de juventude da Palestina. O seu exemplo foi depois rapidamente seguido por outras oito colónias de pescadores que tódas consti- tuiam uma base firme para uma renascença marítima efectiva. * * * Por ocasião duma recente reünião de pescadores judeus efectuada na aldeia de Maopilin Gordonia, perto de Athlith, Mr. J. Gruenbaum, membro da Comissão Exe- cutiva da Agência Judaica, passando revista
N.º 124, Tishri-Heshvan 5705 (Set-Out 1944)
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