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N.º 135, Tishri-Kislev 5707 (Set-Nov 1946)







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                MEMÓRIAS

da Literatura Sagrada dos judeus portugueses desde os
primeiros tempos da Monarquia até fins do Século XV

               MEMÓRIA I

   POR ANTONIO RIBEIRO DOS SANTOS
        (CONTINUAÇÃO no N.° 134)

Antiguidade da nossa Tipografia sobre
outras ações -E por conseguinte vie-
mos a ter tipografia e impressão de Livros
Hebraicos primeiro que Veneza, Roma,
Sabioneta, Mantua, Cremona, Verona, Bri-
seia, Ferrara e outras cidades de Itália e pri-
meiro. que Constantinopla e Thessalónica e
muito antes de França, inglaterra, Castela,
Polónia, Holanda e a mesma Alemanha.

Imprimidores Judeus - Memória nos
ficou de três Judeus distintos imprimido-
res, a quem se deveram naquele Século as
edições Blblicas e Rablínicas que hoje res-
tam; foram eles Rab. Tzorba, Rabban Elie-
zer e Zacheo seu filho (Consta das edições,
de que adiante faremos menção); que parece
haverem sido os primeiros que levantaram
as Tipografias Hebraicas de Lisboa e de
Leiria e dos primeiros imprimidores, que
houve em Portugal (Pelo que toca às Tipo-
grafias Hebraicas não oferecem outras obras
mais antigas que as suas. Quanto à Tipo-
grafia Portuguesa em geral parece, que
eles foram dos primeiros impressores, que
cá tivemos, porque à excepção da Carta do
Bispo da Guarda, da Tradução das Epis-
tolas, e Evangelhos por Paulo de S. Maria,
e das obras do Infante D. Pedro. de que



acima falamos, não sabemos, que houvesse
outra obra impressa mais antiga. que as
edições Hebraicas destes Judeus; a impres.
são da Vida de Cristo traduzida por Fr. Ber-
nardo de Alcobaça, de Valentim de Morávia
e Nicolau de Saxonia, que é uma das mais
antigas, foi em 1495, e por conseguinte dez
anos posterior às primeiras edições Hebrai-
cas: e as impressões de Jacob Cromberger,
de Germão Galhorde, e de outros são ainda
mais modernas, do que esta, e vão dar
quase todas nos principios do Século XVI
como são, depois das Tábuas Astronámicus
de Abraham Zacuto em 1496; as obras de
D. Pedro de Meneses terceiro Marquez de
Vila Real em 1500; o Regimento para a
conservação da Saúde traduzido de Latim
em Português por Fr. Luís de Rez, Provin-
cial dos Franciscanos Claustrais, e impresso
antes de 1501, a Arte de Portrana em 1501,
a Relação da Viagem de Marco Polo Vene-
ziana à Índia traduzida por Valentim Fer-
nandes e impressa em 1502 e a Regra e
Definições da ordem de Crista, impressas
em 1504 que são também das mais antigas
obras, que apresenta a Tipografia Portu-
guesa.
                         (Continua).

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quais o escritor sagrado recorreu a esta
imagem. Esta é empregada também para
designar a glória futura de Israel; quando
as verdades religiosas das quais ele tem o
depósito terão triunfado no mundo, quando
todos os nomes divinos dos diversos cultos
que partilham a humanidade se fundirem
no Nome sagrado do Deus Uno: "A luz
de Israel, diz Isaías (10, 17), será como
um fogo e o seu Santo como uma flama
ardentes. Levanta-te, sê esclarecida, por-



que eis a tua luz e a glória divina se
levanta sobre ti... nações caminham para
a tua luz e reis para a claridade dos teus
raios" (60, 1. 3).

Que em todas as moradas judaicas onde
as luzes de Hanukah lançarem a sua clari-
dade, a esperança dum renovo do judaismo
renasça com elas e, em cada coração, o
desejo de lhe preparar a sua chegada.

Aimé Palliére (do Univer Israelita).


 
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