8 HA-LAPID ========================================== MEMÓRIAS da Literatura Sagrada dos judeus portugueses desde os primeiros tempos da Monarquia até fins do Século XV MEMÓRIA I POR ANTONIO RIBEIRO DOS SANTOS (CONTINUAÇÃO no N.° 134) Antiguidade da nossa Tipografia sobre outras ações -E por conseguinte vie- mos a ter tipografia e impressão de Livros Hebraicos primeiro que Veneza, Roma, Sabioneta, Mantua, Cremona, Verona, Bri- seia, Ferrara e outras cidades de Itália e pri- meiro. que Constantinopla e Thessalónica e muito antes de França, inglaterra, Castela, Polónia, Holanda e a mesma Alemanha. Imprimidores Judeus - Memória nos ficou de três Judeus distintos imprimido- res, a quem se deveram naquele Século as edições Blblicas e Rablínicas que hoje res- tam; foram eles Rab. Tzorba, Rabban Elie- zer e Zacheo seu filho (Consta das edições, de que adiante faremos menção); que parece haverem sido os primeiros que levantaram as Tipografias Hebraicas de Lisboa e de Leiria e dos primeiros imprimidores, que houve em Portugal (Pelo que toca às Tipo- grafias Hebraicas não oferecem outras obras mais antigas que as suas. Quanto à Tipo- grafia Portuguesa em geral parece, que eles foram dos primeiros impressores, que cá tivemos, porque à excepção da Carta do Bispo da Guarda, da Tradução das Epis- tolas, e Evangelhos por Paulo de S. Maria, e das obras do Infante D. Pedro. de que acima falamos, não sabemos, que houvesse outra obra impressa mais antiga. que as edições Hebraicas destes Judeus; a impres. são da Vida de Cristo traduzida por Fr. Ber- nardo de Alcobaça, de Valentim de Morávia e Nicolau de Saxonia, que é uma das mais antigas, foi em 1495, e por conseguinte dez anos posterior às primeiras edições Hebrai- cas: e as impressões de Jacob Cromberger, de Germão Galhorde, e de outros são ainda mais modernas, do que esta, e vão dar quase todas nos principios do Século XVI como são, depois das Tábuas Astronámicus de Abraham Zacuto em 1496; as obras de D. Pedro de Meneses terceiro Marquez de Vila Real em 1500; o Regimento para a conservação da Saúde traduzido de Latim em Português por Fr. Luís de Rez, Provin- cial dos Franciscanos Claustrais, e impresso antes de 1501, a Arte de Portrana em 1501, a Relação da Viagem de Marco Polo Vene- ziana à Índia traduzida por Valentim Fer- nandes e impressa em 1502 e a Regra e Definições da ordem de Crista, impressas em 1504 que são também das mais antigas obras, que apresenta a Tipografia Portu- guesa. (Continua). ----------------------------------------- quais o escritor sagrado recorreu a esta imagem. Esta é empregada também para designar a glória futura de Israel; quando as verdades religiosas das quais ele tem o depósito terão triunfado no mundo, quando todos os nomes divinos dos diversos cultos que partilham a humanidade se fundirem no Nome sagrado do Deus Uno: "A luz de Israel, diz Isaías (10, 17), será como um fogo e o seu Santo como uma flama ardentes. Levanta-te, sê esclarecida, por- que eis a tua luz e a glória divina se levanta sobre ti... nações caminham para a tua luz e reis para a claridade dos teus raios" (60, 1. 3). Que em todas as moradas judaicas onde as luzes de Hanukah lançarem a sua clari- dade, a esperança dum renovo do judaismo renasça com elas e, em cada coração, o desejo de lhe preparar a sua chegada. Aimé Palliére (do Univer Israelita).
N.º 135, Tishri-Kislev 5707 (Set-Nov 1946)
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