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N.º 139, Tishri-Kislev 5708 (Set-Nov 1947)







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 6           HA-LAPID
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sala quando os "sim"s e os "não"s alivia-
ram a tensão e marcaram o destino judaico.
O "sim" francês foi recebido com aplausos
da galeria o que provocou a intervenção
do Dr. Aranha. A votação procedeu e
depois de 2.000 anos foi aprovado pela
O. N. U. o estabelecimento dum Estado
judaico.

Votaram em favor: Austrália, Bélgica,
Bolivia, Brasil, Byelo-Rússia, Canadá, Costa
Rica, Checoslováquia, Dinamarca, República
Dominicana, Equador, França, Guatemala,
Haiti, Islândia, Libéria, Luxemburgo, Ho-
landa, Nova Zelândia, Nicaragua, Noruega,
Panamá, Paraguai, Peru, Filipinas, Polónia,
Suécia, Ucrânia, União Sul Africana, Uru-
guai, U. R. S. S., Estados Unidos e Vene-
zuela.

Os paises que votaram contra a parti-
lha: Afganistão, Cuba, Egipto, Grécia,
India, irão, Iraque, Libano, Paquistão, Ará-
bia Saudita, Síria, Turquia e Yemen.

Abstenções: Argentina, Chile, China,
Columbia, El Salvador, Etiópia, Honduras,
México, Reino Unido e Yugoslavia.

O Sião não estava presente.

A audiência avisada pelo Dr. Aranha
não aplaudiu o resultado, e o Dr. Ara-
nha agradeceu pelo comportamento exem-
plar.

O Dr. Granados, delegado de Guate-
mala, disse à Imprensa: "Estamos satis-
feitos com a vitória legal. Esperamos
agora a vitória prática. Estou feliz."

Um dos delegados árabes disse ao
Dr. Eliahu Epstein: "Bem, sejam bons
vizinhos". O delegado da Pérsia saudou
o Dr. Epstein de maneira semelhante. Nos
corredores os jornalistas judeus foram abra-
çados pela Imprensa geral e mesmo cor-
respondentes não judeus cuprimentaram os
chefes judaicos com "shalom", todos cons-
cientes da solenidadedo fim duma era de
2.000 anos. Os bairros judaicos de Nova
York eram "pequeno Tel Aviv" nesse dia.
A Imprensa judaica com grandes cabeça-
lhos: "Yiddishe Meluche", o retrato de
Herzl, a bandeira judaica, Sheer Hamaalot
e Shehechayanu, foi lida mesmo por judeus
que normalmente não lêem a imprensa
"Yiddish", mas que agora no metro orgu-
lhosamente ostentaram os jornais. Um jor-
nalista árabe, apertou a mão do correspon-
dente de "Palcor" e disse tristemente:
"Boa sorte".



       JUDEUS PORTUGUESES

...Israelitas de todo o mundo! Meditai
um pouco no vosso destino. Fixai os
olhos naqueles patriotas, que lá ao longe
consagrados ao culto da verdade e libera-
lidade, se batem, entre as maiores dificul-
dades e sacrifícios, contra escravização
insuportável, que lhe é ditada por certos
povos Imperíalistas.

Lembraivos que foi há 50 anos iniciada,
por Theodor Herzl, uma nova era para o
Mundo judaico! É preciso que o povo
Judeu seguindo o caminho delineado por
aquele unificador de Israel, e mais tarde
alargado e vivificado por Weizman, Nahum
Sokolow, Brandeis, e muitos outros chefes
iluminados pelo génio e inspirados pela
Verdade e liberalidade, consiga num futuro
próximo chegar à etape final.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Judeus Portugueses! colabora¡ e con-
tribui para a realização do Ideal Sionista.

Inscrevei-vos desde já no "Grupo Sio-
nista", o qual deseja o vosso apoio moral.

Ser Sionista é pois, uma necessidade
imperiosa para a Raça. Hoje mais que
nunca Israel precisa de Vós.

judeus Portugueses! Lembraivos de
que, elementos estranhos, para quem a
liberdade, não é uma frase banal, mas sim
um profundo sentimento, têm-se, mais que
uma vez revoltado, contra a escravização
de Israel.

Como tal não se pode compreender,
que sendo vós pertença do Povo de Israel,
vivais na indiferença.

Eis pois-colaborar é um dever que
se Impõe.

E Vós judias portuguesas, ensinai aos
vossos filhos a bela e nobre História de
Israel, segredai-lhes com carinho os gran-
des feitos dos seus maiores, para melhor
poderem também compreender e apoiar, o
esforço e acção intensiva dos actuais heróis
de Israel.

Fazei com que decorem nomes de che-
fes como Herzl, para que lhes sirvam de
estímulo.

E assim esperamos a vossa adesão ao
Grupo Sionista "Theodor Herzl", para que
nesta mesma comunhão de afectos, conti-
nuemos o caminho para a Vida, para o
Futuro e para a Vitórit. - AMÍLCAR PAULO.


 
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