HA-LAPID 3 ==================================== TICH'A BE-AB (9 de Ab) Por DR. ADOLFO BENARUS. Tich'a be-Ab, ou seja 9 do mês de Ab, é um dia de jejum e de luto, que come- mora a destruição de Jerusalém e do seu Templo e. com estes acontecimentos. a perda da nacionalidade. Dia de tristeza nacional: as sinagogas cobrem-se de negro e o povo judeu chora a perda irreparável da sua antiga pátria. Há quatro dias do ano em que os israe- litas jejuam, para comemorarem aconteci- mentos, que se prendem com a queda de Jerusalem e são eles os aniversários do começo do cerco desta cidade, a 10 do mês de Tebet; da primeira brecha feita nas muralhas, a 17 do mês de Tamuz; da des- truição do Templo, a 9 de Ab e do assas- sinato de Guedalia, a 3 do mês de Tishri. Estes jejuns começam ao despontar do dia, mas o jejum de 9 de Ab começa de véspera e dura 24 horas, e, por toda a parte do mundo, nas sinagogas, prostrados pelo chão cobertos os ombros com as cinzas da tristeza, em voz baixa, como um lamento, os israelitas recitam as orações do dia e lêm as tristes lamentações do profeta Jere- mias. * * * Flavius Josephus, que viveu no primeiro século da era vulgar, foi um judeu emi- nente, general das tropas judaicas e escri- tor erudito; presenciou ele toda a guerra travada entre a resistência temerária do patriotismo judeu e a força invencível das legiões romanas e deixou a respeito dessa guerra uma notícia que serve de fonte mais importante para o conhecimento do que se passou no cerco de Jerusalém, cerco que ficou celebre na História. Esta página da história de Israel é pro- fundamente emocionante: Estes governadores romanos, haviam sucedido uns após outros, rapidamente, e todos eles eram igualmente cruéis contra um povo, que não queria reconhecer e sa- crificar às divindades dos imperadores. Povo, que preferia perder riquezas, casas, ------------------------------------------ phardi mas Maimonides que reconciliou as reclamações de judeus e o secular conheci- mento de Moisés e Aristótles, nunca falhou; e a presença em inglaterra da cadeia dos grandes Hahamim seguindo esta escola tem tido uma influência no total na comuni- dade Anglo-Judaica. A comunidade Se- phardi está confidentemente esperançada que em Haham Gaon (um jovem que vai como Rabbi-mor mas que novamente é parte da tradição Anglo-Sephardi toi achado um guia que trará nova distinção para esta repartição dando-lhe à comunidade a inter- pretação do meio-século 20 do judaismo Ortodoxo para o qual assim é óbvio olhar. Numa comunidade bem conduzida no Passado tende sempre a utilizar tanto quanto Possível as suas tradicionais qualidades de trabalho como é consistente com as suas actuais necessidades. Assim pois não e de surpreender que os Sephardim já estejam planeando celebrar o 250.° aniversário da abertura do Bevis Marks que passa no pró- ximo ano, e que esperam dar a publicação de uma nova e completamente revista edi- ção do seu livro de orações diárias, duma proeminente parte nas celebrações além de um serviço especial e uma exibição de con- gregações e tesouros íntimos. Nem é de sur- preender que eles estejam ainda pensando no 300.° aniversário do reagrupamento dos judeus na Grã-Bretanha que calha em 1957, uma boa oportunidade para exibirem a sua amada Sinagoga e o seu cerimonial esta- doal numa ocasião quando o prazer e satis- fação no valor do seu pais natal da grande comunidade integrada no Anglo-judaismo que pode legitimamente ser festejada. Transcríto do Boletim da "Spanish & Portu- guese Jews' Congregation de Londres"- traduzido para portugués por A. F. R..
N.º 147, Sivan-Elul 5710 (Mai-Ago 1950)
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