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N.º 147, Sivan-Elul 5710 (Mai-Ago 1950)







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           TICH'A BE-AB

            (9 de Ab)

            Por DR. ADOLFO BENARUS.

Tich'a be-Ab, ou seja 9 do mês de Ab,
é um dia de jejum e de luto, que come-
mora a destruição de Jerusalém e do seu
Templo e. com estes acontecimentos. a
perda da nacionalidade.

Dia de tristeza nacional: as sinagogas
cobrem-se de negro e o povo judeu chora
a perda irreparável da sua antiga pátria.

Há quatro dias do ano em que os israe-
litas jejuam, para comemorarem aconteci-
mentos, que se prendem com a queda de
Jerusalem e são eles os aniversários do
começo do cerco desta cidade, a 10 do
mês de Tebet; da primeira brecha feita nas
muralhas, a 17 do mês de Tamuz; da des-
truição do Templo, a 9 de Ab e do assas-
sinato de Guedalia, a 3 do mês de Tishri.

Estes jejuns começam ao despontar do
dia, mas o jejum de 9 de Ab começa de
véspera e dura 24 horas, e, por toda a parte
do mundo, nas sinagogas, prostrados pelo
chão cobertos os ombros com as cinzas da
tristeza, em voz baixa, como um lamento,
os israelitas recitam as orações do dia e



lêm as tristes lamentações do profeta Jere- 
mias.

                 *
               *   *

Flavius Josephus, que viveu no primeiro
século da era vulgar, foi um judeu emi-
nente, general das tropas judaicas e escri-
tor erudito; presenciou ele toda a guerra
travada entre a resistência temerária do
patriotismo judeu e a força invencível das
legiões romanas e deixou a respeito dessa
guerra uma notícia que serve de fonte mais
importante para o conhecimento do que se
passou no cerco de Jerusalém, cerco que
ficou celebre na História.

Esta página da história de Israel é pro-
fundamente emocionante:

Estes governadores romanos, haviam
sucedido uns após outros, rapidamente, e
todos eles eram igualmente cruéis contra
um povo, que não queria reconhecer e sa-
crificar às divindades dos imperadores.
Povo, que preferia perder riquezas, casas,



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phardi mas Maimonides que reconciliou as
reclamações de judeus e o secular conheci-
mento de Moisés e Aristótles, nunca falhou;
e a presença em inglaterra da cadeia dos
grandes Hahamim seguindo esta escola tem
tido uma influência no total na comuni-
dade Anglo-Judaica. A comunidade Se-
phardi está confidentemente esperançada
que em Haham Gaon (um jovem que vai
como Rabbi-mor mas que novamente é
parte da tradição Anglo-Sephardi toi achado
um guia que trará nova distinção para esta
repartição dando-lhe à comunidade a inter-
pretação do meio-século 20 do judaismo
Ortodoxo para o qual assim é óbvio olhar.

Numa comunidade bem conduzida no
Passado tende sempre a utilizar tanto quanto
Possível as suas tradicionais qualidades de
trabalho como é consistente com as suas
actuais necessidades. Assim pois não e de
surpreender que os Sephardim já estejam



planeando celebrar o 250.° aniversário da
abertura do Bevis Marks que passa no pró-
ximo ano, e que esperam dar a publicação
de uma nova e completamente revista edi-
ção do seu livro de orações diárias, duma
proeminente parte nas celebrações além de
um serviço especial e uma exibição de con-
gregações e tesouros íntimos. Nem é de sur-
preender que eles estejam ainda pensando
no 300.° aniversário do reagrupamento dos
judeus na Grã-Bretanha que calha em 1957,
uma boa oportunidade para exibirem a sua
amada Sinagoga e o seu cerimonial esta-
doal numa ocasião quando o prazer e satis-
fação no valor do seu pais natal da grande
comunidade integrada no Anglo-judaismo
que pode legitimamente ser festejada.

Transcríto do Boletim da "Spanish & Portu-
guese Jews' Congregation de Londres"-
traduzido para portugués por A. F. R..


 
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