HA-LAPID 7 ===================================== OS JUDEUS e o descobrimento da América Cinco Isabéis ornaram as páginas da História desde antigos tempos até os nossos dias. Duas pertencem ao "Flos Sanctorum" da igreja católica, em vir- tude das suas mílagrosas acções: Isabel de Portugal e Isabel da Húngria. Duas pertencem à história da Inglaterra; Isa- bel I,-que reinou pelo terror e cujo nome permanece manchado pelo assas- sinato, à sua ordem, de Maria Stuart, rainha dos Escoceses, - e a actual Isabel II, elegante e formosa, de popularidade universal. Resta-nos contar a famosa Isabel de Aragão e Castela, dinâmica ruiva e magnética, sob cujo reinado a Espanha prosperou. Contra ela nem mesmo o rei de Portugal conseguiu satisfazer os seus desejos de conquista, pois derrotou os vinte mil arcabuzeiros e soldados de fortuna que o rei português contra ela tinha mandado. Já o caminho marítimo para a India tinha sido aberto por Vasco da Gama e esta era nossa mercê das vitórias e conquistas alcançadas em Ormuz, Mom- baça, Calicute, Madrasta e Bombaim (nomes históricos para nós, que são ao mesmo tempo a vergonhosa prova da nossa decadência, pois, além de nos ser roubada a posse desses lugares cantados por Camões, ainda tivemos de doar, como dote, a importante província de Bombaim a Catarina de Bragança, quando esta casou com Carlos II, de Inglaterra). Parece que nesse tempo as mulheres pouco valor tinham para o matrimônio, pois mesmo as princesas de sangue real tinham de levar consigo dote para se casarem, e esta virtuosa e cristã princesa de Portugal, além dos seus valores morais, não só levou para a casa real de Inglaterra a rica porção da Índia, que era nossa, como também uma fortuna de cerca de 250 mil libras. Em 1489, um marítimo de origem hebraica e portuguesa (a quem a história dá o nome fiticio de Cristóvão Colombo, e ao mesmo tempo ilude os incautos dando-o como nascido em Génova, apre- sentou-se na côrte de Espanha, pedindo audiência a Isabel, com o fim de a inte- ressar na viagem que levaria à descoberta do caminho marítimo para a Índia, pelo Ocidente, depois de ter feito o mesmo pedido ao rei de Portugal. É claro que o último sorriu de tal projecto, uma vez que tal caminho já estava fixado e des- coberto por Vasco da Gama. Aprovei- tando-se dos ciúmes que os reis de Espanha tinham do rei de Portugal e da inveja por este ser o promotor audacioso de tantas conquistas e tantas descober- tas. Colombo conseguiu ser ouvido pela rainha e pelos cortesãos que ambiciona- vam nome ilustre e ao mesmo tempo meter as mãos nas riquezas que tal via- gem havia de trazer das Índias. Todavia, nesse tempo ser judeu era como ser comunista nos tempos de hoje, e Isabel não aprovou o projecto de Colombo sem obter a certeza de que este era bom e são católico baptizado, o que era fácil nesse tempo em que a Igreja ia às casas dos pobres judeus roubar-lhes as crianças para as fazer "católicas" sob pena de aniquilar as familias e confiscar fortunas. (Contínua). ------------------------------------- ligentes, deitaram-se à usura e fizeram-se banqueiros. * * * Quanto à sua inteligência, julgo que não haverá ninguém com 5 gramas de miolo que negue aos judeus esta quali- dade. São, de facto, hoje no mundo as pessoas mais inteligentes e que compõem o verdadeiro escol mental. P. F. De "jornal de Noticias-Porto 12/1/1953
N.º 153, Shevat-Elul 5715 (Jan-Ago 1955)
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