8 HA-LAPID ======================================== História Sagrada Infantil Por DAVID MORÊNO (Continuação do n.° 76) Mas o Senhor disse a Moisés: -"Nada temas porque eu o vencerei em teu nome. a ele, a todo o seu povo e a todo o seu país." Depois dêstes acidentes os israelitas con- tinuaram a sua marcha indo acampar nas planícies de Moab, perto do Jordão, em frente de Jericó. As tribus de Rubem, de Gad e de Manas- seh possuíam numerosos rebanhos. Vendo que o pais que acabavam de conquistar era rica em pastagens, foram pedi-lo a Moisés como seu quinhão. Moisés ficou irritado com isso e disse-lhes: -Quereis gosar paci- ficamente estas terras enquanto os vossos irmãos continuarem a suportar as fadigas da guerra? Porque lançais assim o desalento nos seus corações querendo separar-vos deles?" Eles, porém, responderam: "A nossa intensão não é abandona-los. Queremos apenas construir tendas para nelas deixar as nossas mulheres, os nossos filhos e os nossos rebanhos; mas caminha- remos todos armados à frente dos nossos irmãos a fim de os ajudar a conquistar a sua herança." Só com esta condição Moisés acedeu ao seu pedido. CAPÍTULO XXXV Instituição de cidades para refúgio O Senhor falou a Moisés e disse-lhe: "Fala aos filhos de israel: -Quando tiverdes passado, o Jordão para entrar no país de Canaan, escolhereis cidades onde se possa refugiar quenquer que tenha matado uma pessôa involuntariamente. Estas cidades servirão de asilo contra o Vingador do san- gue afim de que o criminoso não pereça antes de comparecer no tribunal. Instituireis, pois, seis cidades de refúgio; a saber, três àquem do Jordão e três no pais de Canaau. A assembleia dos juizes pronunciará, conforme a lei, entre o criminoso e o vin- gador do sangue, e salvará assim o crimi- noso inocente, que fará conduzir à cidade de refúgio, onde se tinha refugiado antes do julgamento. Aí ficará até à morte do sumo-sacerdote, após a qual poderá regressar ao pais onde estava precedentemente estabelecido. Mas não aceitareis nada para resgate do assassino que merece a morte; fá-lo-els morrer. Não profaneis nunca o pais que habitardes; por- que eu, o Eterno, estou entre vós.- CAPITULO XXXVI Balaam e Balac Balac, rei dos Moabitas, assustado com a aproximação dos israelitas vitoriosos en- viou mensageiros a Balaam, que viera da Mesopotamia dizendo-lhe: "Chegou do Egipto um povo que invade todo o pais e que acam- pa em frente de mim. Vem amaldiçoar este povo que é mais poderoso do que eu. Pode ser que assim consiga derrota-lo e expul- sá-lo do meu país!". Balaam consultou o Eterno, que lhe disse: "Não vás com eles: não tens que amaldiçoar o povo visto que êle é abençoado." Balaam recusou por isso acompanhar os mensageiros de Balag. Este porém, enviou-lhe outros mais numerosos e mais distintos do que os primeiros com ordem de lhe fazerem magníficas promessas: Balaam respondeu: "Ainda que Balac me desse a sua mão cheia de ouro e prata, eu não poderia desobedecer á ordem do Eterno". Consultou entretanto o Eterno uma segunda vez e Deus disse-lhe: "Podes partir com êles mas não farás senão o que eu te dissera. (Continua) ------------------------ Dos "Cahiers Juifs" - artge Juifs dan la Renaissance ltalienne" pur Eugenio Anagnine "É em Padua no fim do seculo XV que o judeu de Creta Elias del Medigo prepa- rou varias versoes latinas das obras de Averrois (entre outras "De Substantia Or- bis") à intenção do seu generoso amigo e protector, o celebre conde João Pic de la Mirandola, acrescentando-lhe as suas pro- prias glosas e comentarios".
N.º 077, Heshvan-Kieslev 5697 (Out-Nov 1936)
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