HA-LAPID 3 ===================================== não se mostram escrupulosos em repro- var que se seja votado a um país desde o seu nascimento. Como não é nunca demasiado cedo para dirigir um homem em vista dos deveres da vida e que não se saberia esperar, para o fazer, a idade da maturidade da razão e da fixídez dos sentimentos, o pai é bem obrigado de dirigir os seus filhos segundo os princípios que ele próprio seguiu ou que, pelo menos, ele não desaprovou. No dia em que os seus filhos forem capazes de raciocinar e apreciar eles próprios, eles terão sem- pre a possibilidade, se eles não estão satisfeitos, de renunciar à religião de seus pais. Mas, seria lamentável que estes possam, um dia em que actos irreparáveis terão sido cometidos, encor- rer na censura de os ter preparados a afrontar as dificuldades morais da vida e de os ter deixados desarmados diante das tentações que nos espreitam a cada momento da nossa existencia e de lhes ter dado, como ultimo recurso, a pers- pectiva de começar a sua educação mo- ral numa idade em que os outros a têem já acabado. Não é 'nunca demasiado cedo para dirigir um homem no cami- nho do bem. A educação começa com a vida. CAPÍTULO XVIII Bar Mitsvah A educação começada com a vida prossegue com ela e, como a criança veio ao mundo em vista de constituir um valor moral, é um dia de festa tam- bém aquele em que, saindo da sua pri- meira adolescência, ele começa a tomar consciência dos deveres que o esperam na vida. É nesta honra que ele é pro- movido à dignidade de "Bar Mitsvah" (pessoa responsável) e convidado a ler, pela primeira vez, no Livro sagrado, chave mágica do grande livro da vida. CAPÍTULO XIX Casamento Depois das responsabilidades de jó- vem vem as do chefe de familia (Baal habaith). Pelo casamento, o israelita atinge uma nova dignidade e um novo estado de santidade (Kidushim). Ele não tem necessidade de ser empelido para a prosperidade familiar por medidas mi- nisteriais e o atractivo duma insignifi- cante ajuda material ele tem nisso um bem estar moral. Tendo aprendido a amar o espírito de que se sente o depo- sitário ele faz uma alegria de transmitir o facho porque, em se casando, ele não se impõe somente um contrato entre ele e sua esposa, mas também para com a sua descendência. CAPÍTULO XX Morte Todo o esforço do israelita, durante a sua vida, é de conservar pura, a alma que recebeu pura. Ligado à eternidade pelo sentimento de santidade, ele sente que tudo não desapareceu com a morte e que através as gerações que se suce- deram se continua o mesmo sopre eterno de que nós somos uma chama. É porque ele não exprime lamentações na morte dos seus queridos desaparecidos, mas ele comunica, com eles na eternidade da santidade divina (Kadishe), na qual, confundidos, nós tocamos uma parcela de imortalidade. Conclusão da segunda parte É assim que a santidade, que preside ao nascimento e se persegue toda a existência, não cessa com a morte senão para se transportar para as gerações sucessivas. Também, quanto são vãs estas discussões pelo meio das quais certos apologistas do cristianismo se teem esforçado de estabelecer que a moral judaica foi ultrapassada pela dos evangelhos sob o pretexto que certas das suas fórmulas teriam sido redigidas mais habilmente. Colocar a questão sobre este terreno, é colocada sobre aquele, mesquinho, de chicanas, bizan- tinas, indignas, dum tão grande assunto. Admitindo que as fórmulas dos evan- gelhos sejam tão originais como pre- tendem os seus protectores, não são
N.º 154, Tishri 5717 (Set 1956)
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