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N.º 154, Tishri 5717 (Set 1956)







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não se mostram escrupulosos em repro-
var que se seja votado a um país
desde o seu nascimento. Como não é
nunca demasiado cedo para dirigir um
homem em vista dos deveres da vida e
que não se saberia esperar, para o fazer,
a idade da maturidade da razão e da
fixídez dos sentimentos, o pai é bem
obrigado de dirigir os seus filhos
segundo os princípios que ele próprio
seguiu ou que, pelo menos, ele não
desaprovou. No dia em que os seus
filhos forem capazes de raciocinar e
apreciar eles próprios, eles terão sem-
pre a possibilidade, se eles não estão
satisfeitos, de renunciar à religião de
seus pais. Mas, seria lamentável que
estes possam, um dia em que actos
irreparáveis terão sido cometidos, encor-
rer na censura de os ter preparados a
afrontar as dificuldades morais da vida
e de os ter deixados desarmados diante
das tentações que nos espreitam a cada
momento da nossa existencia e de lhes
ter dado, como ultimo recurso, a pers-
pectiva de começar a sua educação mo-
ral numa idade em que os outros a têem
já acabado. Não é 'nunca demasiado
cedo para dirigir um homem no cami- 
nho do bem. A educação começa com
a vida.

          CAPÍTULO XVIII

           Bar Mitsvah

A educação começada com a vida
prossegue com ela e, como a criança
veio ao mundo em vista de constituir
um valor moral, é um dia de festa tam-
bém aquele em que, saindo da sua pri-
meira adolescência, ele começa a tomar
consciência dos deveres que o esperam
na vida. É nesta honra que ele é pro-
movido à dignidade de "Bar Mitsvah"
(pessoa responsável) e convidado a ler,
pela primeira vez, no Livro sagrado,
chave mágica do grande livro da vida.

           CAPÍTULO XIX

            Casamento

Depois das responsabilidades de jó-
vem vem as do chefe de familia (Baal 



habaith). Pelo casamento, o israelita
atinge uma nova dignidade e um novo
estado de santidade (Kidushim). Ele não
tem necessidade de ser empelido para a
prosperidade familiar por medidas mi-
nisteriais e o atractivo duma insignifi-
cante ajuda material ele tem nisso um
bem estar moral. Tendo aprendido a
amar o espírito de que se sente o depo-
sitário ele faz uma alegria de transmitir
o facho porque, em se casando, ele não
se impõe somente um contrato entre ele
e sua esposa, mas também para com a
sua descendência.

             CAPÍTULO XX

               Morte

Todo o esforço do israelita, durante
a sua vida, é de conservar pura, a alma
que recebeu pura. Ligado à eternidade
pelo sentimento de santidade, ele sente
que tudo não desapareceu com a morte
e que através as gerações que se suce-
deram se continua o mesmo sopre eterno
de que nós somos uma chama. É porque
ele não exprime lamentações na morte
dos seus queridos desaparecidos, mas
ele comunica, com eles na eternidade
da santidade divina (Kadishe), na qual,
confundidos, nós tocamos uma parcela
de imortalidade.

     Conclusão da segunda parte

É assim que a santidade, que preside
ao nascimento e se persegue toda a
existência, não cessa com a morte senão
para se transportar para as gerações
sucessivas. Também, quanto são vãs
estas discussões pelo meio das quais
certos apologistas do cristianismo se
teem esforçado de estabelecer que a
moral judaica foi ultrapassada pela dos
evangelhos sob o pretexto que certas
das suas fórmulas teriam sido redigidas
mais habilmente. Colocar a questão
sobre este terreno, é colocada sobre
aquele, mesquinho, de chicanas, bizan-
tinas, indignas, dum tão grande assunto.
Admitindo que as fórmulas dos evan-
gelhos sejam tão originais como pre-
tendem os seus protectores, não são


 
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